Porquê? Para quê? Como?

Ao tentar perceber o que fazer com todos estes discos e CDs, o que fazer com estes ficheiros audio espalhados pelos discos externos, o que fazer com este tempo e dinheiro todo, surgiu esta ideia de fazer um podcast para os partilhar. E a acompanhar isso, decidi publicar os textos que tenho escrito ao longo do tempo sobre toda essa música. Sempre de maneira pessoal e íntima. Se acho que existem problemas com essa parcialidade eu respondo que sim, que talvez hajam, mas só assim o conseguiria fazer. A prática da escrita e da escuta é uma tentativa de desenhar constelações entre pontos distantes, na esperança que estes pensamentos e ligações possam agora reverberar num outro e que abram a discussão, que estabeleçam sinestesias e trocas. Isto, na esperança de construir um pensamento crítico e construtivo. A maior parte dos textos foram publicados em fanzines auto-editados, estão agora aqui neste formato por razões práticas, mas a sua presença no papel será sempre uma prioridade pelo carinho que tenho por esse media. 

Talvez tudo isto seja infrutífero, mas tinha de ser.

"Desenhando constelações" é, então, um blog de partilha sonora e escrita feita por Tiago Baptista. As etiquetas servem de ligação e associação entre artistas, ideias, geografias, imagens, sonoridades e políticas mas não pretendem ser categóricas, são apenas aproximativas e por vezes até genéricas. Por exemplo, quando escrevo "Emancipação dos géneros" é porque acho que o género masculino não é emancipado, mas os gestos de emancipação são geralmente (na minha opinião) femininos, feministas ou outros, ou seja, acho que  a luta para essa emancipação em termos gerais é feita por pessoas de outros géneros que não o masculino. Ou quando escrevo "Música ligeira" não é apenas a portuguesa, é toda aquela música que pela linguagem usada é esvaziada de qualquer sentido estético, intelectual, político que possa fomentar um espírito crítico, refiro-me a música embrutecedora, alienadora, populista (não confundir com popular) venha ela de onde vier e vá para onde for. Claro que dependendo do contexto não excluo o seu usufruto recreativo (ah ah ah). De qualquer maneira, aqui as etiquetas servem de aglutinador, não são marcas definitivas, são apenas associativas para que se possam estabelecer ligações entre os vários assuntos dentro do mesmo texto, por exemplo.

Se preciseram de um DJset para animar bailes, chás dançantes e matinés bucólicas mas eclécticas estou disponível.

Escrevam-me com sugestões, pedidos e repreensões para aqui: 

tiagobaptista_@hotmail.com

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